Após sessões de formação sobre Renascimento e Arte Renascentista na Biblioteca, os alunos do 8.ºE aplicaram os conhecimentos adquiridos na realização de cartazes sobre as principais características da Pintura, Escultura e Arquitectura do Renascimento, a partir da análise e interpretação de obras emblemáticas deste estilo. Os trabalhos encontram-se em exposição na nossa Biblioteca e a beleza das obras estudadas tem atraído a atenção de todos os que por aqui passam e, assim, aprendem um pouco mais sobre um estilo artístico tão primoroso.
O Renascimento foi um movimento cultural e social que se estendeu na Europa entre os séculos XV e XVI, movimento este que marca a transição da Idade Média para a Idade Moderna, que assenta na redescoberta e reinterpretação da cultura clássica greco-romana. Esta mudança reflecte-se nas artes, nas ciências e em outros ramos da actividade humana.
Nas artes o Renascimento caracterizou-se, em linhas muito gerais, pela inspiração nos antigos gregos e romanos, e pela concepção de arte como uma imitação da natureza, tendo o HOMEM nesse panorama um lugar privilegiado.
Em Itália os grandes centros de arte renascentista foram Florença, Roma e, mais tarde, Veneza. No resto da Europa destacaram-se Flandres e Países Baixos.
ARQUITECTURA
A permanência de muitos vestígios da Roma antigaem solo italiano jamais deixou de influir na plástica edificatória local, seja na utilização de elementos estruturais ou materiais usados pelos romanos, seja mantendo viva a memória das formas clássicas. Assim, nos edifícios renascentistas encontram-se elementos clássicos como colunas, cúpulas, arcos de volta perfeita, pilastras, cornijas, balaustradas, florões, medalhões etc.. Estruturalmente, procura-se transmitir equilíbrio e harmonia através da proporção e simetria.
Na arquitectura renascentista destacaram-se Alberti, Bramante, Brunelleschi e Miguel Ângelo.
PINTURA
Duas grandes novidades marcam a pintura renascentista: a utilização da perspectiva, através da qual os artistas conseguem reproduzir em suas obras, espaços reais sobre uma superfície plana, dando a noção de profundidade e de volume; e a utilização da tinta à óleo, que possibilitará a pintura sobre tela com uma qualidade maior, dando mais durabilidade às obras, e conferindo naturalidade às composições. Para o desejado naturalismo, é, ainda, aplicada a técnica do sfumato, que confere gradações de luz e sombra às tonalidades cromáticas. Numa perspectiva racional da pintura, os artistas distribuem as formas e os volumes da composição numa estrutura em pirâmide. Nos temas, onde a natureza está quase sempre presente, a par da mitologia e da religião, o retrato e a representação do nu são recorrentes.
Na pintura renascentista destacaram-se Botticelli, Leonardo da Vinci, Miguel Ângelo e Rafael.
ESCULTURA
Utilizando-se da perspectiva e da proporção geométrica, destacam-se as figuras humanas, que até então estavam relegadas a segundo plano, acopladas às paredes ou capitéis. No renascimento a escultura ganha independência e a obra, colocada acima de uma base, pode ser apreciada de todos os ângulos.
Dois elementos se destacam: a expressão corporal que garante o equilíbrio, revelando uma figura humana de músculos levemente torneados e de proporções perfeitas; e as expressões das figuras, reflectindo os seus sentimentos. Mesmo contrariando a moral cristã da época, o nu volta a ser utilizado reflectindo o naturalismo. A estatuária equestre também marca presença.
Na escultura renascentista destacam-se Donatello, Ghiberti, Miguel Ângelo e Verrocchio.