Comemoram-se hoje os 61 anos da aprovação, pela Assembleia Geral das Nações Unidas, da Declaração Universal dos Direitos Humanos. Trata-se de um texto notável onde confluem as grandes conquistas da humanidade, conseguidas ao longo de milénios pela luta de homens e mulheres, em prol da dignidade do ser humano. Alinhavado e aprovada a seguir à barbárie da 2ª Guerra Mundial, o texto, que hoje nos parece consensual e adquirido nos países democráticos, está longe de ser respeitado e vertido para a lei em muitos países do mundo.
Pelas notícias que nos entram porta adentro, potenciadas pelas tecnologias da informação e comunicação, podemos ver, em tempo real, as graves violações dos direitos humanos que ocorrem um pouco por todo o planeta. Crianças que trabalham desde tenra idade, mulheres que são lapidadas (sim, isso mesmo, mortas à pedrada) porque (vejam só) quiseram ter outro marido depois de viúvas, que só podem sair à rua de burka, que não podem tirar carta de condução; gente que é morta por pensar de maneira diferente de quem manda, que é perseguida por acreditar noutro Deus (ou não acreditar em nenhum), que é desprezada e maltratada por questões de casta (nascimento); meninas que são obrigadas a casar com quem os pais querem e em idades inacreditáveis, prostituição infantil, pedofilia, escravatura, etc, etc, etc. Esta é uma pequena amostra das violações constantes e sistemáticas dos direitos humanos que tornam a luta pela sua implementação e manutenção uma tarefa gigantesca e quotidiana.