BIBLIOTECA DA ESCOLA DE MONTE GORDO

17
Nov 15

Na "Hora do Conto" de hoje,  a Margarida Gomes, da Biblioteca Municipal Vicente Campinas, trouxe o livro "A Locomotiva Tchaf", escrito por Carlos Correia e ilustrado por Ana Gini, que relata as aventuras do pequeno Pedro Malaquias à volta da sua grande paixão, os comboios, e do seu grande sonho - ser maquinista de uma locomotiva - aos atentos e divertidos  alunos do 3.ºF e 3.ºG.

 

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 "Ti João, o fogueiro, cuspiu nas mãos, pegou na pá

e começou a lançar muito carvão na fornalha.

Trraaac-tchi-pum, trraaac-tchi-pum, trraaac-tchi-pum.

As pazadas de carvão entravam na fornalha

a um ritmo certo e ardiam numa explosão breve.

- Já está boa, Ti João. A pressão já atingiu o máximo, exclamou o maquinista.

- Partiiiida!, gritou uma voz lá ao longe,

ao mesmo tempo que se ouvia a corneta do chefe da estação.

- U, U, U, respondeu a máquina ao aviso da corneta.

Tchaf, tchaf, tchaf, tchaf, faz mais fumo,

faz mais fogo, força firme

foge-foge nesta viagem sem fim.

Tchaf, tchaf, tchaf, tchaf, pouca-terra, pouca-terra,

puxa-passa, passa-puxa a potência do vapor para a roda pedaleira.

Tchaf, tchaf, tchaf, tchaf, rilha o ferro, range o rail,

roda a roda reduplica a raiva de mil corcéis

a escoucinhar furiosos as alavancas da máquina.

Tchaf, tchaf, tchaf, tchaf, a caldeira a rebentar já não vive,

sobrevive aos cavalos de vapor

– catrapum e catrapum, catarapum e catrapum

– patadas no corpo-aço das alavancas motrizes

e vai-que-vem e vem-que-vai

são muitas mil toneladas de aço e ferro para arrastar.

Corre, corre comboiozinho, conta-conta a tua história,

canta-canta a melopeia

– tum, tum, tum e tum, tum, tum – toada música-toante,

melodia de viagens cem mil vezes repetidas quase até ao infinito.

O fogueiro afogueado anima a marcha do trem,

canta modinhas bonitas, assobia sonhos-sol

e os seus cavalos brancos crinas soltas,

força livre puxam pela geringonça

- tchaf, tchaf, tchaf, tchaf – respondendo com amor

àquele duende mágico mascarrado com carvão."

publicado por bibliocentro às 14:45

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António Aleixo
E vós que do vosso império prometeis um mundo novo calai-vos que pode o povo q`rer um mundo novo a sério.
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